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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

SALDOS FINAIS DO PROJETO "AUTO DA GAMELA - TEMPORADA 2008"

PRÊMIO CARLOS PETROVICH 2007 FUNCEB – SECULT – GOVERNO DA BAHIA.

O projeto “AUTO DA GAMELA – TEMPORADA 2008” movimentou Vitória da Conquista, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2008!

QUENTÃO DE LANÇAMENTO

Tudo começou no dia 13 de janeiro com o “Quentão de Lançamento” do projeto, no Memorial Régis Pacheco, cedido pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, parceira da Finos, que foi marcado por uma série de intervenções performáticas e um transbordamento de sensibilidade.

Na porta do Memorial, as mais de 100 pessoas que lotaram o espaço, foram recebidas pelas pernas de pau de Yoshi Aguiar e pelos cuspidores de fogo Francisco e Érica, Amigos da Finos que encantaram e incendiaram o visual da praça Tancredo Neves. Já dentro da casa, a Nossa Senhora dos Verdes, instalação viva de Lis Sousa, recebia e abençoava os que chegavam. Polis Nunes se encarregou de instaurar o ritual da Gamela, mostrando uma das cenas do espetáculo, a cena da “Mãe Aparadeira”. Os acordes sensíveis de Masumi e Francisco Schettini aplacaram silêncios de atenção e deslumbramento. Os convidados puderam ainda assistir a um pequeno documentário sobre o Auto da Gamela, ter informações sobre o projeto contemplado pelo prêmio Carlos Petrovich da Funceb, e ver uma exposição de fotos do espetáculo, feitas por diferentes artistas locais. Para degustar, uma mesa regional, muito quentão e umbuzada (não havia nada mais característico). Celebração Total!

TEMPORADA DO AUTO DA GAMELA

A temporada do “Auto da Gamela” estreou dia 18 de janeiro, no Centro de Cultura, e seguiu até dia 27, com uma média de 170 pessoas por final de semana. A platéia fora sempre recepcionada com a exposição de fotos do “auto”, música regional, e um vídeo contando a trajetória da Finos. O “Auto” foi representado pela Finos com muita sensibilidade. Em Conquista, a Finos está em casa! Destaque especial para a intervenção performática do pessoal do Oficinão Finos Trapos na cena de Nossa Senhora dos Verdes, mais de 20 pessoas em cena, além da sensibilidade de Shirley Ferreira, representando sensivelmente a santa!

Além dos espetáculos da temporada para a comunidade Conquistense à preços populares, o Auto foi oferecido outras seis vezes para algumas entidades da cidade e da região (Em Conquista: aos Funcionários da Prefeitura Municipal de Vit. da Conquista; ao Grupo de Economia Popular – GEP; à Prefeitura Municipal de Itambé; e aos alunos da rede municipal de Vit. da Conquista. Em Caetité: aos alunos do curso de Letras da Universidade Estadual da Bahia – UNEB; e aos membros do Congresso de Meio Ambiente de Caetité). Ao todo foram 12 espetáculos promovidos pelo Prêmio Carlos Petrovich. Evoé Baco!

MESAS REDONDAS

As Mesas Redondas “Teatro Conquistense: Tradição” e “Teatro Conquistense: Contemporaneidade” aconteceram ao fim do projeto nos dias 09 e 10 de fevereiro, às 14 horas no Teatro Municipal Carlos Jehovah. Na primeira mesa a participação de Roberto de Abreu marcou um panorama sobre a história do Teatro nordestino e baiano. Coube a Esechias Araújo Lima, ilustre participação, o desvelamento da História do Teatro Conquistense no século XX, com seus Grêmios Dramáticos e a representação popular do teatro paroquial e amador até a fundação do Grupo Avante Época, Casa da Cultura e salas de teatro da cidade. A mesa teve ainda grande participação da audiência com perguntas e um profícuo debate sobre os assuntos que gravitaram as explanações do dia. Ao fim da mesa todos se emocionaram com a fala de Sônia Leite, que estava atentamente acompanhando toda a discussão e deu seu depoimento comovente sobre sua trajetória no teatro conquistense. Emocionante! No dia 10, a mesa sobre contemporaneidade teve as presenças especiais de Robério Stone e Marcelo Benigno. Stone falou de sua trajetória recente, tentando analisar o teatro da cidade à luz de seu acompanhamento como artista pelo teatro local. Benigno discutiu o teatro contemporâneo do município observando-o a partir do teatro que desenvolve há dez anos pelo Caçuá de Teatro, ressaltando o caráter formativo do trabalho do grupo. Logo depois, a assistência pôde se colocar diante das questões ora levantadas. Francisco André, mediou com didatismo, seriedade e atenção as duas mesas. O ineditismo deste tipo de atividade foi a tônica de todos os comentários feitos pelas pessoas que passaram pela experiência de discussão nas mesas redondas da Finos. O grupo encerrou a atividade com a promessa de registrar a transcrição das mesas na publicação de aniversário de 05 anos da Finos, que pretende lançar para 2008.

OFICINÃO FINOS TRAPOS

O Oficinão Finos Trapos encerrou suas atividades no dia 10 de fevereiro de 2008, à custa de muito choro de despedida. Com 04 dias de inscrição, todas as vagas tinham se esgotado (30 vagas regulares e 10 suplências). Durante a primeira semana foi possível conviver com todo o ambiente sensível e ritualístico de criação em teatro proposto pela Finos Trapos, conversar, debater, intercambiar idéias e sensibilidades. Ainda nessa primeira semana foi possível definir o tema do resultado cênico que seria representado nos dias 09 e 10 de fevereiro no Teatro Carlos Jehovah: “A inquietação do artista cênico de grupo em seu processo de criação”.

Muito suor, sensibilidade, e lágrimas para a segunda semana de atividades, quando todo o grupo foi bombardeado com a quantidade de atividades propostas. Muitos experimentos, muitas improvisações, muita criação... e aos poucos a mostra ia ganhando corpo, as cenas que ficariam para o resultado final iam aparecendo. Na terceira semana, muitas participações especiais! Que dizer da jam session de contato com o acompanhamento ao vivo do Violoncelo, do violino e do violão do grupo de Masumi? Como explicar as sensações provocadas pela performance de Benigno, e pela instalação feita por Chefinho e Robson? Todo o trabalho buscava instaurar no grupo estados de poesia latente para a criação do resultado final da mostra, além de muito ensaio e muito trabalho para colher todo o texto, marcar as cenas, criar as partituras, pensar cenário, figurino e maquiagem... ufa! Terminamos a semana trabalhando no Teatro Carlos Jehovah, onde terminaríamos de montar todo o trabalho, na sexta-feira de carnaval. Depois da pequeníssima pausa de carnaval, voltamos com todo o gás na quarta-feira de cinzas para finalizar todo o processo. Luz, trilha sonora, cenário, figurino, maquiagem, muito ensaio, muita intensidade, muita tensão, muita fadiga, muita dedicação, muita energia e... na sexta-feira, dia 08/02, realizamos o ensaio aberto da mostra para um público seleto de amigos e familiares. Saímos daquele Teatro aquela noite sem entender muito bem o que nos havia ocorrido, a embriaguez do processo, do resultado, da sinergia gerada nos arrebatou a todos!

Era sábado, dia 09, estréia da mostra que a essa altura já tinha nome “Escravos de Jô – Fragmentos de um Discurso”. O Teatro Carlos Jehovah estava absolutamente lotado! Não havia lugar para ninguém mais! E tivemos que começar a impedir a entrada das pessoas que foram chegando depois da lotação. Um público que preencheria o espaço por mais uma sessão. Ao fim da mostra, de alma lavada, o grupo seguiu em marcha para a rinha, onde foi feito um brinde a Dionísio e ao crescimento que todos tiveram durante o processo!!! No domingo, durante a avaliação final... nó na garganta, dilaceramento, despojamento, sensibilidade, fé, paixão, muito amor e lágrimas fertilizaram um diálogo intenso e único, que hoje habita apenas os corações e almas daqueles que lá estiveram, naquele tablado, naquele momento, naquele espaço-tempo! Depois da avaliação mais sucesso de público. Às 19 horas mais uma vez a mostra foi à cena, marcando a despedida final e o princípio da saudade do que ficou, do que não ficou, do que esteve. Felicidade e Satisfação. Preenchimento!
AGRADECIMENTOS
A Finos agradece profundamente ao Prêmio Carlos Petrovich – FUNCEB – Secult – Governo da Bahia.

E agradece ainda ao fundamental apoio das empresas e entidades de Conquista: Crediconquista, ZAB, Casa da Cultura, Bagueteria Lusitânia, Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, Centro de Cultura, TV Sudoeste, Band FM, 96 FM, TV UESB e Diário do Sudoeste.

A Finos agradece àqueles que foram seres absolutamente indispensáveis para a realização deste projeto: Thiago Carvalho, Chefinho Santos, Esechias Araújo Lima, Carlos Jehovah, Teófilo Gobira, Shirley Ferreira, Maria Aparecida, Francisca Lima, Maria Nunes, Paulo Mascena, Gildelson, Esmeralda Meira, Valeriano, Vitória, Sandra, Masumi e grupo, Samuel, Francisco Schettini, Marcelo Benigno, Jeanne Marie, Robério Stone, Sônia Leite, João Omar, seu João, Dida, Caçuá de Teatro, Patrícia, Carlito, Isabela Silveira, Izis, Ernesto, Gileno (Galalau), Alcides, Ronaldo, Israel, Ricardo, Star Vídeo, Jhonatha, todas as finas mães, finos pais e finos irmãos, finos amigos, a todo o pessoal do Oficinão Finos Trapos.Com afeto e carinho recebam o nosso: Muito Obrigado!!!

Um comentário:

  1. Já tive o prazer de assitir O " Auto da Gamela", quando o grupo se apresentou na cidade de Caetité-Bahia, no auditório do Colégio Modelo! É realmente maravilhoso, sensacional!

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